sexta-feira, junho 02, 2006

OM

OM

Quando cada uma de nossas almas foi criada, recebemos nosso mantra individual – uma palavra ou série de sílabas específica – que nossos espíritos ressoarão por toda a eternidade. Se pensarmos em nossos espíritos como instrumentos musicais únicos, construídos com grande destreza, nossos mantras serão os diapasões que os mantêm em perfeita afinação e harmonia com o Deus que os concebeu.
Cada mantra começa com OM, que é uma palavra de afirmação e aquiescência, seguido de um tom em geral composto de duas sílabas. Nenhum de nós reconhece de imediato o som de seu mantra. Infelizmente, parece que sua ressonância divina fica abafada pelo barulho de nossas mentes conscientes aqui na Terra.
(A Vida no Outro Lado - de Sylvia Browne)

O OM é uma sílaba constituída por três letras: A, U, e M, e pronuncia-se OM. Um erro comum aos que não conhecem Ioga é pronunciar as três letras, AUM. O OM é o símbolo universal do Ioga e do Hinduísmo, para todo o mundo, todas as escolas de todas as épocas. Traçado (desenhado como símbolo) é um Iantra; pronunciado é um Mantra.
Existem os Saguna Mantra e os Nirguna Mantra. Os primeiros são os que têm tradução e aludem a uma pessoa, cuja forma pode ser visualizada. Os segundos podem ter tradução ou não, e são abstratos no seu sentido. Exemplo: OM Naman Shyvaya é um Saguna Mantra pois refere-se a Shiva, o criador do Ioga. Já o OM sozinho é um Nirguna Mantra pois se refere a ninguém, senão ao Absoluto. OM não tem tradução alguma, mas devido à grande gama de efeitos sobre o corpo e a mente de quem o vocaliza ou mentaliza, é considerado o Corpo de Deus.
OM é o mais poderoso de todos os mantras. Todos os outros são considerados aspectos do OM e ele é a matriz de todos os demais mantras. Todas a letras do alfabeto são emanações do som primordial representado pelo supremo mantra. O OM é a origem e o fim de todo verbo. Todo o universo procede de OM, conserva-se em OM e nele se dissolve. Ele é a Criação, a Conservação e a Renovação da Trimurti (Trindade Hindu). Logo de todos os mantras utilizados para meditação, o OM é o que produz melhores resultados.
Ele é o Bija mantra do chacra ájña, isto é, o som-semente que desenvolve o centro de força da terceira visão, responsável pela intuição, meditação e pelos fenômenos de telepatia e da clarividência. Sendo o mantra mais completo equilibrado, sua vocalização não oferece nenhum perigo nem contra-indicação. É um manta altamente positivo que impede sentimentos malévolos e transmuta os pensamentos negativos em seus complementares elevados. Atua profundamente no sistema nervoso e glandular, É estimulante e ao mesmo tempo tranqüilizante, pois consiste numa vibração sáttvica (que contém em si, tamas (namas) e rajas sublimados)
Quando se escreve o OM em caracteres sânscritos (deva nagari) ele se torna um símbolo gráfico e é denominado Iantra. A especialidade que estuda a ciência de traçar esses símbolos se chama Iantra Ioga.
Cada maneira de traçar encerra determinada classe de efeitos e de características ou tendências filosóficas. Cada escola adota um traçado típico do OM que tenha a ver com os seus objetivos e passa a constituir símbolo seu, não se devendo usar outro tipo de traçado para que não haja choque de egrégoras.
Ao referir Mantra, estamos citando a palavra não só como veículo de informação, mas como Poder e Movimento.
Antes do Universo manifesto, se encontra o Eterno Logos, Verbo fundamental de Deus, que contém em si, em potência, todas a idéias, todos os nome e todas as formas.
O OM é considerado o Som mais próximo da Palavra Divina e origem de todas as demais.
Todo o Universo vibra em OM. Seus diversos eventos, sua energia vibrando em várias freqüências, é O Som Absoluto. Por isso sua repetição se torna um veículo para focar a nossa consciência com A Consciência Absoluta.