segunda-feira, junho 05, 2006

O Jekum como Dieta Opcional

O JEJUM COMO DIETA OPCIONAL

"Durante a "óptima sensação inicial de descuidada euforia" de um jejum, os quilos desaparecem rapidamente. É compreensível que o progresso não seja tão impressionante daí por diante. No início, o organismo perde água acumulada. Isto é responsável pela perda considerável de peso. A seguir, ele começa a "queimar" a sua gordura, um processo muito mais lento. Após uma ou mais semanas, a proporção da perda de peso diminui para cerca de meio quilo diário. Agora, o organismo retira nutrientes da sua bem stockada dispensa de "conservas". Esta "dispensa" é farta, podendo prover por várias semanas todas as carências nutricionais - às vezes, levando mais algum tempo para os obesos - sem recorrer a nenhuma das suas rações de emergência. (...)
Se você jejua principalmente para perder peso, a finalidade última deverá ser a de ficar livre dos quilos perdidos. Jejue em uma base regular: um dia por semana, ou cada fim de semana, ou três dias por mês, ou mesmo por períodos de uma semana a dez dias, duas vezes por ano. Entre os jejuns, procure manter o consumo de calorias emparelhado com as necessidades calóricas. Tal programa levará a constatações cada vez mais baixas na balança. Uma volta ao anterior e não-saudável estilo de vida pode anular todas as bênçãos ganhas com o jejum. Este é um facto que me canso de enfatizar. (...)
O Jejum tem sido uma reverenciada disciplina na busca por serenidade, sabedoria e elevado estado de consciência. Sua origem remonta a milénios, aos místicos orientais e profetas do Antigo Testamento. Foi popular entre os sábios da Grécia e Roma Antigas, sendo-o também entre os da Renascença. "Se praticado com a intenção correcta, ele torna o homem um amigo de Deus", disse Tertuliano, o teólogo romano. "Os demónios sabem disso." Para alcançar a recompensa mental e espiritual, os membros da Associação para a Auto-Realização costumam jejuar segundo os ensinamentos do Paramahansa Yogananda, seu guru-fundador. Na "bíblia" de Yogananda, A Eterna Procura do Homem, delineiam-se as recompensas do jejum:
1. O espírito interior dissociar-se-á das exigências do corpo, assim como o próprio corpo se libertará de hábitos grosseiros.2. O Jejum proporciona descanso aos órgãos exauridos, que são as engrenagens do organismo.3. Jejuar proporciona descanso à força vital em si, aliviando-a de trabalho extra. A força vital é o suporta do corpo e, através do jejum, ele torna-se auto-suficiente e independente.4. Comer demais todos os dias do ano gera muitos tipos de doenças.5. A regularidade imutável no comer, precisando ao não o corpo de alimento, é uma maldição para ele. Quanto mais você se concentrar no paladar, mais doenças terá. É bom apreciar o alimento, mas tornar-se escravo dele é a perdição da vida.6. Os efeitos físicos do jejum são extraordinários. Um jejum de três dias com sumo de laranja reparará temporariamente o organismo, porém um longo jejum o revisará inteiramente. (Pessoas com saúde não sentem qualquer dificuldade em fazer um jejum de três dias; jejuns mais longos devem ser feitos sob supervisão experiente. Quem quer que padeça de alguma enfermidade crónica ou de algum defeito orgânico, só deverá jejuar sob a orientação de um médico familiarizada como o processo de jejum.) O seu corpo sentir-se-á forte como aço. Contudo, se quiser uma permanente revisão no seu organismo, deverá sempre vigiar qual e quanto alimento introduz dele. Existe uma grande ciência metafísica por detrás do jejum (...).7. O jejum deixa a mente dependendo do seu próprio poder. A mente diz a si mesma: "os sólidos dos quais o corpo ficou acostumado a depender, nada mais são do que grosseiras condensações de energia. Você é pura energia. E você é pura consciência".8. Aprendendo a depender de si mesma através do jejum, a mente pode fazer tudo: dominar a doença, criar a prosperidade ou realizar o objectivo supremo da vida - encontrar Deus."
Cott, Dr. Allan, "O Jejum Como Dieta Opcional", Editora Record